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Famoso termo para definir o linguajar jurídico que apenas os profissionais do Direito entendem, o juridiquês é sempre um tema complicado para quem é leigo nesse tipo de linguagem.
E os problemas de quem não entende a linguagem jurídica ocorrem tanto para a escrita, quanto para a linguagem oral.
Isso abre um grande espaço entre a atuação do jurídico e a população de fora desse ramo, tornando o ambiente do direito ainda mais inacessível e complexo.
Mas essa história tem mudado.
Com o avanço da tecnologia e das inovações no setor, começou a surgir a preocupação de tornar o vocabulário jurídico mais compreensível para todos, e aproximar o Direito de quem realmente precisa desses serviços.
Seguindo a onda dessas mudanças surgem ferramentas como o Legal Design, com foco em promover acessibilidade e integração nas demandas do jurídico.
Para ajudar o seu escritório a melhorar a escrita jurídica e falar a mesma língua que seus clientes, a equipe Bits preparou um conteúdo especial, com dicas sobre o assunto.
Acompanhe abaixo e boa leitura!
O que é o juridiquês?
É popularmente conhecido como juridiquês a linguagem específica usada pelos profissionais do Direito e demais pessoas que trabalham nessa área.
Ele engloba jargões, expressões, termos técnicos e demais elementos.
O juridiquês surgiu como um termo pejorativo, uma crítica a essa falta de acessibilidade para as pessoas de fora no que compete à compreensão de documentos e artigos em juridiquês.
Exemplos de juridiquês: como identificar?
No geral, documentos com muito juridiquês costumam contar com muito elementos em latim, como por exemplo:
- erga omnes, que quer dizer algo que é válido para todos;
- in dubio pro reo, que significa que, em caso de dúvida, o processo deve ser a favor do réu;
- conditio sine qua non, que é a condição sem a qual não existe o crime;
- fumus boni iuris, expressão que significa que o alegado direito é plausível;
- entre muitas outras expressões.
Além do uso excessivo do latim, documentos em juridiquês costumam apresentar, ainda, uma linguagem considerada muito prolixa.
Isso quer dizer que os parágrafos costumam ser muito longos, com frases evasivas e cheias de expressões rebuscadas que apenas confundem o leitor.
Por que evitar o juridiquês?
Para melhorar o contato com o cliente e até promover uma melhor prestação de serviços, muitos advogados já abandonaram pensamentos mais conservadores e apoiam evitar o uso do juridiquês.
Além disso, ter uma linguagem mais acessível em documentos alinha o Direito às competitividades do mercado, usando ferramentas como o Legal Design.
Como melhorar a escrita jurídica com 10 dicas incríveis!
Preparamos abaixo uma lista de dicas para ajudar o seu escritório a promover uma escrita mais acessível para os seus clientes; confira:
1. Traduza os termos difíceis
Ao invés de redigir um documento com uma linguagem muito rebuscada e que, na maioria das vezes, não será muito assertiva, busque trocar os termos difíceis por sinônimos mais compreensíveis.
Isso diminui a confusão dos leitores e evita que o documento passe por muitas edições, além de reduzir o famoso vai e vem dos contratos.
2. Evite o uso do latim
Apesar de ser uma língua pré-requisito nas práticas do Direito, o uso de termos em latim em documentos que serão lidos por pessoas leigas no assunto apenas dificulta a compreensão do conteúdo.
Sempre que puder substituir expressões em latim pela sua tradução em português, mantendo a clareza das ideias e a mensagem a ser passada, opte por fazer isso.
3. Vá direto ao ponto
Um dos pilares do juridiquês é manter uma descrição que, na maioria das vezes, dá voltas e voltas e demora para ir direto ao assunto.
Busque sempre identificar o autor sempre que houver, e use termos que especificam ações e não deixem espaços para dúvidas.
4. Evite parágrafos muito extensos
Se esse artigo de blog que você está lendo agora fosse cheio de parágrafos longos, assim que você entrasse na página, sentiria uma certa resistência antes de começar a ler, certo?
O mesmo vale para documentos e contratos: sempre que houver a possibilidade de quebra de parágrafo, faça uso dela.
Isso torna a leitura mais fluida e deixa o leitor mais concentrado no texto, além de tornar a disposição do conteúdo muito mais agradável aos olhos.
5. Verbos são melhores do que adjetivos e advérbios
O uso de adjetivos e advérbios acabam oferecendo ao leitor a impressão de que faltou um bom argumento ou uma informação mais bem elaborada.
Logo, para uma escrita melhor construída, opte pelo uso de verbos, que tornam a mensagem bem mais objetiva e concisa.
6. Saiba como ilustrar o que está fazendo
Sempre que uma escrita é muito confusa, como é o caso do juridiquês, o leitor não consegue visualizar o que está sendo dito, principalmente porque não consegue compreender direito o conteúdo.
Por isso, coloque-se sempre no lugar do leitor na hora de redigir um documento, buscando tornar seu conteúdo mais ilustrativo, facilitando o entendimento da mensagem.
7. Use elementos de design que favorecem o entendimento
Ferramentas que ajudam a compor o documento com elementos visuais tornam o conteúdo muito mais fácil de ser compreendido.
Nessa perspectiva, o Legal Design é muito eficaz, otimizando e enriquecendo o seu documento com itens como:
- tabelas;
- infográficos;
- cores e imagens;
- entre outros.
8. Formate o documento de maneira agradável
Textos com uma disposição mais dinâmica são muito melhores de ler, não é mesmo?
Tenha, também, essa preocupação na hora de redigir o seu documento, fazendo uso de bullet points, espaçamentos de trechos importantes, e demais práticas que tornam o conteúdo mais simples de ler.
9. Destaque as informações importantes
Para garantir que a mensagem seja clara e compreendida pelo leitor, facilite destacando partes importantes.
O visual law é um método interessante, dentro do Legal Design, para ajudar nessa forma de escrever.
O destaque de trechos pode ser com uma fonte destacada, uma tipografia diferente, dentro de um quadro ou evidenciado em uma tabela.
É importante, aqui, usar essas práticas respeitando as exigências do documento.
10. Use um software de Legal Design e facilite sua vida
Imagine ter uma tecnologia que torna a escrita jurídica do seu escritório muito melhor para os seus clientes?
Com o programa de Legal Design da Bits, você pode!
Um software de Legal Design vai ajudar você a entregar documentos e contratos com conteúdos muito mais acessíveis e compreensíveis para o seu público, destacando seu trabalho da concorrência e promovendo uma atuação jurídica muito mais humanizada.
Curso de Legal Design para iniciantes: melhore sua redação jurídica!
Mesmo que você não saiba nada de design, é possível aplicar as funcionalidades dele na redação jurídica – e o curso de Legal Design da Bits está pronto para ajudar você!
Aqui, você aprende:
- a introdução completa ao Legal Design;
- processo de aplicação do Legal Design;
- criação de documentos voltados à experiência do usuário;
- quais as melhores ferramentas para tornar seus documentos muito mais compreensíveis.
Com professores referência no assunto e uma plataforma de aprendizado exclusiva, o curso de Legal Design da Bits é a melhor opção para garantir o sucesso dos seus documentos e contratos.
Conclusão
Percebeu a importância de deixar o juridiquês um pouco de lado e focar em proporcionar uma melhor experiência para o seu cliente?
Com ferramentas como o Legal Design, isso se torna muito mais fácil e traz resultados impressionantes para o seu escritório.
Conte com a expertise da Bits para transformar a forma como a sua equipe pratica a escrita jurídica!
Esperamos que esse artigo tenha tirado suas dúvidas.
Para mais dicas, acesse o blog da Bits.
Fundadora e CMO na Bits Academy, onde ganhou os prêmios do Startup Awards e 100 open Startups. É presidente da Comissão de Legal Design e Visual Law OAB/PB. Possui mestrado em Portugal, é advogada e professora no INSPER e na Bits Academy. Autora do livro: “Transforme qualquer pessoa em cliente”. Foi listada como uma das líderes de comunidade de startups do Estado da Paraíba em uma pesquisa nacional realizada pela ABStartups . Ela também foi Coordenadora de Novos Negócios na Vá de Táxi e fundou o GFM.