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Um assunto que já foi considerado polêmico, o marketing jurídico é uma forma de ajudar os advogados a atingir e captar mais clientes.
Em junho deste ano, a OAB aprovou a criação de um comitê para regulamentar as práticas do marketing jurídico, de acordo com o Conjur.
Isso mostra a preocupação da Ordem dos Advogados do Brasil em incentivar práticas éticas e transparentes de marketing digital aos advogados do país.
Importante para a visibilidade do escritório e para o aumento do número de clientes, o marketing jurídico já faz parte da rotina de vários profissionais da área.
É novo neste assunto e quer saber por onde começar?
A Bits tira suas dúvidas sobre marketing jurídico com esse guia completo.
Acompanhe até o final e boa leitura!
O que é marketing jurídico?
O marketing jurídico compreende o conjunto de estratégias usadas para que os escritórios de advocacia atraiam mais clientes e aumentem seus resultados observando as regras estabelecidas pela OAB.
Por muito tempo esse era um tema que era mal visto dentro da advocacia, mas, com o crescimento do marketing digital, a OAB reviu algumas regras e regulamentou essa área através do Provimento n. 205/2021.
O provimento vem para adaptar a norma à nova realidade.
Por que o marketing jurídico é importante?
Investir em estratégias de marketing ajuda a construir uma imagem sólida e de confiança entre o público interessado nos serviços da advocacia.
Além disso, informa e educa os potenciais clientes, agregando valor para o trabalho do advogado.
Confira a lista que preparamos sobre benefícios do marketing jurídico:
Alcance do público-alvo
Como em qualquer outro nicho que usa do marketing digital para planejar estratégias de conversão, o marketing no jurídico tem grande influência no alcance do público que você deseja atrair para o escritório.
Com um marketing jurídico bem estruturado, é mais fácil conquistar clientes qualificados, específicos para a sua área de atuação.
Sem estratégias assim, é possível que o escritório não esteja completamente focado em seus objetivos, atuando por meio de um posicionamento sem direção.
Publicidade de forma ética
Mais do que atrair e fidelizar o seu público esperado, o marketing jurídico é focado na realização da publicidade de acordo com o Código de Ética da OAB (vamos falar sobre isso ao longo desse artigo).
Como o marketing para profissionais do Direito deve ser de caráter informativo, ter uma consultoria e práticas bem estruturadas evita a quebra do Código e possíveis problemas para o escritório.
Criação de autoridade mercadológica
Além de fornecer serviços de excelência para os seus clientes, é essencial que o advogado se torne reconhecido na sua área de atuação – e o marketing jurídico é uma ferramenta essencial nesse processo.
Quem não gostaria de saber que o seu advogado está palestrando em algum evento?
O marketing jurídico, quando feito de forma assertiva e estratégica, traz autoridade para a marca do advogado, consolidando sua imagem.
Marketing jurídico: o que um advogado pode fazer?
Desde junho de 2021, a OAB aprovou que os advogados realizem marketing jurídico.
Isso permite que os profissionais desse ramo trabalhem com métodos de publicidade ativa e passiva, desde que seguindo o Código de Ética e Disciplina do Órgão, respeitando as limitações impostas.
É permitido que os advogados façam:
- marketing de conteúdo, criando e divulgando conteúdos jurídicos e caráter informativo e educativo;
- publicidade para tornar públicas ideias, pessoas e serviços, consolidando a presença do profissional no meio digital;
- captação de clientela, utilizando de maneira legal as ferramentas de marketing para atrair seus clientes;
- publicidade profissional, para fortalecer a imagem do advogado e seu escritório, de forma a gerar credibilidade para o seu trabalho e seu público.
O que o Código de Ética diz a respeito do marketing jurídico?
É importante, também, destacar como deve ser desempenhado esse marketing feito por advogados e o que é permitido fazer.
De acordo com o próprio Código de Ética da OAB, são limitações legais para o marketing jurídico:
- oferecer consultas grátis pelo seu site;
- utilizar expressões comuns de venda e comércio;
- fazer divulgação de preços de qualquer natureza;
- usar fotos de prédios de tribunais, independentemente da razão;
- usar ou divulgar informações relacionadas ao caso de qualquer cliente.
Como fazer marketing jurídico e por onde começar?
Seguindo, então, o que é pedido pelo Código de Ética e pensando em estratégias assertivas de marketing, elaboramos uma lista de práticas de marketing jurídico para o seu escritório.
Confira:
Fixação de metas
É necessário praticar esse marketing por um propósito definido, não só para “ter algo nas redes sociais” ou “porque é bonito”.
Defina com a sua equipe as metas a serem alcançadas pelo escritório e pratique suas estratégias de acordo com essa finalidade.
Definição de público alvo
Essencial para definir o tom da sua comunicação e o tipo de conteúdo, defina bem o seu público alvo.
Nesse tópico, é possível segmentar para quem você direciona o seu marketing, entender as dores do seu potencial cliente, e focar os seus esforços para que esse público entenda sua mensagem da melhor forma possível.
Escolha de canais
Em quais canais digitais o seu escritório pretende estar?
Sabemos que a rotina de trabalho de um escritório de advocacia é corrida e cheia de compromissos – e, às vezes, não sobra tempo para tratar do marketing com a importância que gostaria.
Por isso, defina quais canais de comunicação você pretende colocar o seu conteúdo:
- site;
- blogs;
- redes sociais;
- fóruns de discussão.
Assim, você está presente onde o seu público alvo vai conseguir ver o seu trabalho.
Mapeamento de ações
A parte mais importante do marketing jurídico é a constância em praticá-lo.
Por isso, estabeleça tarefas diárias nessa área de maneira alcançável e que possam ser desempenhadas por você e pela sua equipe.
Defina prazos para a execução dessas tarefas; assim, você consegue mensurar seus resultados com mais precisão.
Advogados fazendo negócios em redes sociais: atitude legal?
Mais uma vez, voltamos ao marketing de conteúdo e ao respeito às exigências do Código de Ética da OAB.
O advogado não pode fazer nenhum tipo de comércio nas redes sociais, bem como dar valor financeiro ao seu trabalho e oferecer chamadas apelativas envolvendo benefícios grátis.
Porém, usar as redes sociais como um canal de comunicação informativo, que propaga o conteúdo do Direito de maneira responsável, correta e ética, é a forma correta de desempenhar o seu marketing.
O Legal Design é usado como estratégia de marketing jurídico?
Já destacamos em diversos artigos da Bits a importância do Legal Design na rotina dos escritórios de advocacia, se tornando uma ferramenta cada dia mais presente.
Trabalhando com práticas como o visual law para otimizar documentos e contratos, o Legal Design exerce um papel importante no marketing jurídico, ajudando o profissional a se posicionar no mercado de forma a se preocupar, principalmente, com a experiência do cliente.
Isso porque, com documentos e contratos sempre otimizados para melhor compreensão e maior chance de retorno, o cliente sempre vai se lembrar do escritório como um local onde a linguagem do Direito é acessível a ele.
Trabalhar a identidade visual do seu escritório, aliada ao Legal Design, é uma excelente estratégia de marketing jurídico!
Conclusão
Acompanhando a presença da tecnologia e das redes sociais no mundo empresarial e da prestação de serviços, é óbvio que essa pauta iria chegar nas práticas do Direito.
Sendo assim, uma utilização responsável de marketing jurídico é a melhor forma de trazer a visibilidade que você precisa para o seu escritório, sem ferir nenhuma conduta.
Esperamos que esse artigo tenha tirado suas dúvidas!Para mais dicas, acesse o blog da Bits.
Fundadora e CMO na Bits Academy, onde ganhou os prêmios do Startup Awards e 100 open Startups. É presidente da Comissão de Legal Design e Visual Law OAB/PB. Possui mestrado em Portugal, é advogada e professora no INSPER e na Bits Academy. Autora do livro: “Transforme qualquer pessoa em cliente”. Foi listada como uma das líderes de comunidade de startups do Estado da Paraíba em uma pesquisa nacional realizada pela ABStartups . Ela também foi Coordenadora de Novos Negócios na Vá de Táxi e fundou o GFM.