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O termo legal design thinking existe? Ou é uma junção de dois conceitos diferentes?
Como o legal design pode ser associado ao design thinking? Como ele pode otimizar os processos da minha empresa?
São muitas dúvidas acerca desse assunto, e a equipe Bits preparou esse conteúdo com as principais informações que você precisa saber sobre legal design e design thinking, e de que forma eles se relacionam.
Acompanhe abaixo e boa leitura!
Legal Design Thinking e Legal Design: entenda a confusão no conceito
Apesar de comumente associados, o legal design e o design thinking possuem conceitos diferentes O legal design é a aplicação de design e experiência do usuário em documentos jurídicos, já o design thinking é um processo de resolução de problemas focado no usuário que é usado em diversas áreas, inclusive no legal design.
Portanto, são dois conceitos diferentes.
Quando se fala em legal design thinking, significa que é a aplicação do design thinking na área jurídica como um todo, ou seja, o uso do processo de design thinking para resolver um problema jurídico.
Ainda assim, de forma abrangente, legal design thinking trabalha com o foco em tornar os departamentos jurídicos e seus processos ainda mais eficientes e produtivos, fazendo uso do método design thinking no setor jurídico.
Aqui, o importante é se colocar no lugar da pessoa a receber o contrato, buscando soluções e prevendo dúvidas que podem deixar o cliente confuso e sem conseguir compreender, efetivamente, o conteúdo presente em um contrato ou solicitação, por exemplo.
O legal design thinking, então, é uma excelente ferramenta na resolução de problemas e entendimento de necessidades, sempre buscando a inovação jurídica e a adaptabilidade.
Vamos compreender melhor do que se trata o design thinking e a sua importância no Direito?
Design Thinking: o que é isso?
Um conceito que tem se tornado cada vez mais utilizado, o design thinking é uma metodologia focada na organização do processo criativo, buscando solucionar problemas de maneira inovadora.
O design thinking pode ser aplicado em qualquer modelo de negócio e é utilizado nas mais variadas empresas.
Em resumo, o design thinking não se limita apenas à arte ou questões visuais. A proposta desse conceito é aplicar reflexões e raciocínios que vão além do convencional e sugerir resoluções que se baseiam em criatividade e otimização. É, basicamente, pensar fora da caixa!
Legal Design Thinking: o conceito aplicado ao Direito
O design thinking é uma ferramenta muito útil para os profissionais que trabalham com o legal design, elaborando documentos jurídicos que são mais fáceis de serem compreendidos pelos clientes envolvidos.
No legal design e visual law são usados elementos visuais, como infográficos, fluxogramas, storyboards e outros recursos para tornar os conteúdos de contratos mais acessíveis para seus clientes.
Leia também: Visual Law: entenda o que é e como aplicar.
Para aplicar o design thinking, não só no Direito, mas em outras áreas também, são defendidas diversas estratégias e etapas para que o processo garanta a sua funcionalidade e tenha mais chances de sucesso.
Vamos listar abaixo o passo a passo que se encaixa nos modelos de processo de design thinking:
Como aplicar o Design Thinking
Entendimento
Aqui se inicia o processo, identificando o problema a ser resolvido e fazendo uma análise em equipe para tratar da compreensão e possíveis resoluções para ele.
Observação
Nessa etapa, são feitas pesquisas e entrevistas com os envolvidos no problema pontuado, com o objetivo de desenvolver a empatia requisitada para compreender suas necessidades.
Imersão ou ponto de vista
Essa etapa é designada para trazer a reflexão que vai caminhar para uma solução. Aqui, todos os dados, informações e demais insumos coletados nas entrevistas devem chegar a um consenso.
Ideação
Nessa etapa, a equipe já está preparada para a geração de ideias. Baseados nos estudos e reflexões vindos das etapas anteriores, é possível começar a discutir soluções adequadas, o que será necessário para colocar essas ideias em prática, e qual a viabilidade desses planos.
Prototipagem
As ideias aqui saem do papel, depois de discutidas e acordadas. Encaminhando para a finalização do projeto, os protótipos desenvolvidos aqui devem ter embasamento real e serem realmente aplicáveis nas soluções dos problemas apontados.
Teste
Aqui, os protótipos são validados, sendo possível enxergar se realmente são úteis e trazem resultados eficazes para as questões a serem solucionadas. Muitas vezes, apenas um único teste não é o suficiente para atestar a usabilidade de um protótipo, demandando adaptações e mais testes.
A verdade é que, atualmente, a transformação digital dita a forma como as empresas tocam seus processos e desempenham suas atividades. E o digital está intimamente ligado ao processo criativo, sempre visando a inovação e praticidade no mundo dos negócios. É aqui onde está inserido o design thinking.
O design thinking aplicado ao legal design é muito útil quando usado nas relações de trabalho entre os dois principais stakeholders no âmbito jurídico, que são os clientes e os operadores do Direito, melhorando a comunicação entre os profissionais e o público.
Além disso, o legal design thinking é muitíssimo eficaz na otimização de documentos, especialmente os contratos. Sendo uma ferramenta que trabalha com o visual law, como explicamos acima, o design thinking vem para ajudar no processo de deixar um pouco de lado o “juridiquês” e tornar mais acessível a linguagem usada nesses documentos.
O seu time jurídico está pronto para um sistema de gestão mais moderno e ágil, com foco no atendimento ao cliente e baseado na análise de dados para a tomada de decisão?
Conclusão
Trazendo ainda mais otimização e inovação para os seus processos, o legal design thinking combina a autenticidade das metodologias presentes nas práticas de design para o cenário jurídico, sem deixar de lado os conceitos essenciais para o desempenho do Direito.
Para tornar ainda mais acessível a linguagem dos seus documentos, e o sucesso dos seus contratos, invista nessa área – e conte com a Bits para ajudar a sua empresa.
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Aproveite para ler também: O que é Legal Design?
Fundadora e CMO na Bits Academy, onde ganhou os prêmios do Startup Awards e 100 open Startups. É presidente da Comissão de Legal Design e Visual Law OAB/PB. Possui mestrado em Portugal, é advogada e professora no INSPER e na Bits Academy. Autora do livro: “Transforme qualquer pessoa em cliente”. Foi listada como uma das líderes de comunidade de startups do Estado da Paraíba em uma pesquisa nacional realizada pela ABStartups . Ela também foi Coordenadora de Novos Negócios na Vá de Táxi e fundou o GFM.