Como inovar nos departamentos jurídicos

visual law e legal design
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A adoção de estratégias de inovação pelos departamentos jurídicos de empresas pode melhorar diretamente os resultados da companhia

Segundo o Censo Jurídico 2022 , realizado pela ProJuris, o departamento jurídico é comumente visto pelos outros setores da empresa como um departamento burocrático. Grande parte disso é causado pela complexidade da linguagem e da comunicação. O que leva a um outro problema também identificado pela pesquisa: o que mais toma tempo de um departamento jurídico é atender demandas de outros times.

O Legal Design e Visual Law surgem com o objetivo de mudar essa realizade.

O time Bits preparou esse conteúdo com tudo o que você precisa saber sobre esse tema. Acompanhe abaixo e boa leitura!

Como o legal design e visual law ajudam a diminuir a burocracia?

A aplicação do legal design nos documentos faz com que as pessoas queiram ler o documentos, porque é visualmente amigável e também faz com que elas entendam, porque é utilizada uma linguagem simples.

Isso faz com que os colaboradores de outros times tenham uma boa experiência com o departamento jurídico e não precise está recorrendo a ele para tirar dúvidas do dia a dia. Por isso, vem sendo visto como parte da inteligência estratégica.

Interessante, não?

COMO FUNCIONA NA PRÁTICA?

O Legal Design garante a otimização dos processos. Então problemas complexos podem deixar de ser obstáculos e se tornar novos serviços e produtos, oferecendo eficiência ao priorizar a produtividade e a qualidade das entregas.

Na prática, esse é o ponto de partida para a transformação de serviços jurídicos. Isso significa que os advogados com mais visão de mercado, com mais capacidade adaptativa e que estão menos presos ao tradicionalismo do Direito terão cada vez mais vantagem nas tendências tecnológicas do mercado.

No âmbito jurídico, grande parte das informações relevantes estão concentradas em documentos, nos processos judiciais e contratos.

Usar a metodologia disruptiva do Legal Design com o suporte de um sistema legal permite entender melhor os desafios e as implicações de cada caso.

Utilizando o design no Direito, os profissionais podem desenhar novas formas de prestar os serviços e criar produtos e procedimentos internos.

Além disso, entrega a informação que o usuário final precisa, em um formato mais simples e adequado às suas necessidades.

por que falar em Legal Design agora?

A expansão das tecnologias resulta em rápidas transformações sociais que exigem, em vários segmentos, novas habilidades e maneiras de pensar.

E o mercado jurídico não está de fora. Portanto, é fundamental uma mudança de comportamento.

Atualmente, essa inovação jurídica já é uma realidade e em constante ampliação. Ou seja, é fato que o profissional do Direito precisará investir em novos conceitos e habilidades para continuar relevante no futuro.

Se as pessoas hoje estão o tempo inteiro conectadas ao celular, procurando produtos e serviços que as encantem, os advogados também precisam encantar os usuários de seus produtos.

Será que alguém teria tempo, hoje em dia, para ler um contrato de 30 páginas? Além disso, os termos técnicos que são usados são efetivamente compreendidos pelos usuários?

Muito além do design

Obviamente, construir modelos mais atrativos de petições, contratos, entre outros documentos, faz parte da metodologia do Legal Design.

Mas o que o Legal Design e o Visual Law se propõem a fazer é tornar a linguagem mais acessível. O objetivo principal é dialogar, sobretudo, com pessoas que não fazem parte do universo jurídico.

Esta proposta inovadora aplica os conceitos do design focado em basicamente três pilares: a empatia, a colaboração e a experimentação.

Todos eles, se bem utilizados, e alinhados aos requisitos das petições, de acordo com as regras legais, são capazes de prevenir ou resolver problemas jurídicos.

Dessa forma, muito mais do que apenas criar peças bonitas e visualmente atraentes, ao falarmos de Legal Design estamos assumindo o design como uma ferramenta que traz funcionalidade ao mundo jurídico.

Com o uso do design no Direito, os profissionais da área podem desenhar novas formas de prestar os serviços e criar produtos e procedimentos internos.

O NOSSO CEREBRO É VISUAL

A Thermopylae Sciences Technology aponta que cerca de 90% da informação processada pelo nosso cérebro é visual e o processamento de imagens acontece 60 mil vezes mais rápido do que o texto.

Ou seja, textos muito grandes, com linguagem rebuscada e complexa, que não utilizam recursos visuais, acabam se tornando pouco atrativos e comumente não compreendidos.

A ausência de elementos visuais e layouts mais estruturados pode desencorajar a leitura por parte do usuário.

O impacto no usuário final

A Bits Academy realizou uma pesquisa para analisar o comportamento do usuário de documentos jurídicos. Veja o que foi identificado:

Elementos gráficos auxiliam na compreensão de textos em documentos jurídicos. 92% dos entrevistados falaram que a aplicação de elementos visuais trazem mais clareza para a cláusula contratual.

Legal Design: Pesquisa mostra opinião de usuários em documentos.

Os usuários de documentos jurídicos preferem documentos elaborados com técnicas de legal design em vez dos tradicionais documentos com apenas textos.

Legal Design: Pesquisa mostra opinião de usuários em documentos.

A pesquisa concluiu que os usuários de documentos jurídicos interagem mais com documentos que possuem elementos de legal design, em comparação com os documentos tradicionais. Isso significa que o nível de atenção do usuário sobre o documento analisado aumenta. 

Ou seja, os recursos do legal design e visual law têm grande potencial para se tornarem ferramentas poderosas para estabelecer uma comunicação eficiente.

Para acessar a pesquisa na íntegra , clique aqui e confira todos os insights.

vantagens do legal design na prática

A cultura de inovação que o Legal Design traz permite criar espaços de experimentos e pilotos de novas estratégias

Quando aplicado em departamentos jurídicos de grandes empresas, por exemplo, os resultados permitem uma transformação capaz de, não só facilitar a comunicação, mas também: 

  • Aumentar o entendimento e a satisfação dos usuários;
  • Aumentar a adesão de regulamentos internos (de compliance, por exemplo);
  • Reduzir o tempo gasto para atender demandas de outros departamentos;
  • Melhorar o desempenho do setor em assuntos de inovação;
  • Melhorar resultados da companhia aumentando a eficiência jurídica;
  • Estruturar um time estratégico de alta performance.

O Legal Design provoca uma verdadeira mudança do mindset, inovando definitivamente os processos dentro dos departamentos jurídicos e escritórios de advocacia.

No dia a dia do profissional jurídico, entre as possibilidades de materiais a serem desenvolvidos com a combinação do Legal Design e Visual Law estão:

  • Apresentações institucionais;
  • Políticas internas;
  • Petições iniciais;
  • Políticas de termos de uso;
  • Cases;
  • Contratos;
  • Manuais;
  • Relatórios;
  • Entre muitas outras possibilidades. 

Diversas empresas já apostam no design como uma poderosa ferramenta de transformação. O Nubank, por exemplo, representa um dos exemplos mais conhecidos da concretização desta revolução. 

Magazine Luiza e tantas outras empresas, como Santander, Banco Sofisa, Sicredi, já alcançaram benefícios e poderosas vantagens ao oferecerem soluções disruptivas com a aplicação do Legal Design com a Bits.

O resultado é tão impactante que recebemos feedback como esse:

“Nossa Minuta padrão tinha 22 páginas. Era difícil até para um advogado, confesso. Mas, quando as pessoas se unem em torno de um mesmo propósito, tudo fica mais fácil. Temos uma minuta fácil, bonita, simples, e que cabe até nos “stories”.

Charles, Head de inovação do Banco Carrefour.

“Depois que a Bits aplicou o Legal Design nos nossos contratos, diminuímos o ciclo de vendas de 90 para 30 dias!”

Simon, fundador da Lobby.Tech

CONCLUSÃO

A mudança de mindset provocará uma atuação menos clássica e retrógrada do profissional advogado, incentivando-o a pensar e agir de maneira mais flexível, eficaz, inteligente e estrategicamente adaptativa.

O foco, no fim das contas, deve ser sempre nas pessoas! 

Legal Design e o Visual Law são, portanto, um divisor de águas que afastará a advocacia inovadora disposta a contratar soluções mais ágeis, da advocacia praticada por profissionais que se prendem ao antigo e menos eficiente funcionamento do direito, que se recusam a evoluir.

Os advogados das grandes organizações não são componentes de uma mera área de apoio, devem se posicionar como uma estrutura eficiente com performance estratégica capaz de aumentar a receita e melhorar diretamente os resultados da companhia.

“Inteligência é a habilidade de adaptação à mudanças”, disse Stephen Hawking. 

O Legal Design é agora!

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